Christopher Von Uckermann: Urge desacelerar o ritmo.
O Ator Christopher Von Uckermann adverte que o mundo está indo rápido demais e que vamos pagar pelas consequências. Essa reflexão retoma a abordagem de 2091, a primeira série futurista Latina produzido pela Fox, que mais uma vez optou por um elenco de atores de vários países para contar uma história que envolve os videogames. Os protagonistas de 2091, que vai ao ar todas às terças-feiras no Canal Fox, são sete jogadores de Nova Manaus recrutados por uma empresa para realizar uma concorrência extrema. A bordo de uma nave espacial, que é também o console do videogame, competem pelo privilégio de estar na Cidade do Destino, mas no decorrer da história, os protagonistas descobrem que há uma intenção obscura no jogo. Christopher encarna Ínpar, "Um Carroñero que conhece o jogo do início ao fim e é responsável pela recuperação dos feridos em batalha, se move através do sistema de túneis subterrâneos, recolhendo corpos e os ajuda, mas todo mundo imagina que ele os come, mas isso não é verdade", explica o ator em entrevista para NTR. Para o ator mexicano que faz parte dos 13 episódios da série, a segunda internacional que ele participa depois de Kdabra (2009), o melhor da experiência foi descobrir que os latinos podem fazer grandes projetos. "Foi muito divertido, fizemos uma grande família, há naves espaciais, lutas, tivemos treinamento duro, nós filmamos em desertos, mas no final o que dá mais prazer é ver a qualidade das séries que fazemos na América Latina. Eu nunca tinha visto nada deste calibre. Tenho trabalhado muito e ficou como eu imaginava", concordou Uckermann, que destacou que a série foi produzida como filmes de Hollywood nos anos 60. "Os locais foram concebidos como antes, são enormes para torná-la mais realista, quando expandido, recorreram a efeitos especiais, como o que acontece na nave espacial", disse o ator, que divide os créditos com os colombianos Manolo Cardona e Angie Cepeda, o mexicano Damián Alcázar, o chileno Benjamín Vicuña e o argentino Ludovico di Santo, entre outros.
Christopher também respondeu as seguintes perguntas:
NTR: Como foi conviver com um elenco multicultural? Christopher: Criamos nossas propostas de conteúdo latino para levar para o mundo, já existem possibilidades de levar a série para os Estados Unidos. Trabalhar com pessoas de outras culturas, apesar de falar a mesma língua, é uma experiência que não me incomoda, pelo contrário, cada vez mais devemos nos habituar a fazer isso, somos a favor de que não haja diferenças.
NTR: Qual é a mensagem de 2091? Christopher: Devemos proteger o nosso planeta e a melhor maneira é nos desconectar da velocidade que levamos com a tecnologia, a nossa forma de interagir ou nos alimentar. Devemos levar cinco minutos para nos conhecer como seres humanos, porque, em si, um nunca termina de se encontrar.Devemos reservar cinco minutos para respirar, isso pode fazer uma grande diferença no mundo, nós estamos indo muito rápido e é hora de desacelerar um pouco.
NTR: A televisão está passando por uma crise, hoje em dia há mais liberdade para os atores, as coisas estão realmente mudando? Christopher: Parei de trabalhar com a televisão há quase 10 anos, trabalho por projeto e continuo com minha vida.Hoje, o trabalho é mais livre, quando eu comecei era outro sistema e então decidi não entrar mais nisso, eu não gosto que me tenham amarrado, hoje tudo é mais flexível.
NTR: Você vê um futuro mais positivo para os atores? Christopher: Já estamos vivendo. Com as plataformas de streaming pessoas escolhem quando querem ver os conteúdos e essa liberdade é muito boa, embora existam pessoas que não são responsáveis por certos conteúdos, há um monte de lixo também. É um paradoxo, mas acho que vamos voltar para algo mais sólido, não sei se a televisão como antes, mas no tempo certo.
Link da nota e entrevista: http://www.ntrguadalajara.com/post.php?id_nota=55039#.WBYf6e--3BE.twitter